quarta-feira, 14 de julho de 2010

EPIFANIA EM TEMPO OPORTUNO



Os tempos mudaram!

É, eu sei. Não há muita novidade nisso.
Apenas para quem caiu em si e percebeu que o que era já não é. Pelo menos para si.

Cada um de nós, em algum momento, tem uma epifania a lá Homer Simpson. Aquele estalo, de arregalar os olhos e provocar moribundo olhar para o nada, mas que produz a sabedoria necessária para entender a época em que se vive.

A combinação perfeita seria o corpo de 20 anos com a mentalidade que adquirirmos dia após dia. Isso ainda não é possível. Não aqui. Mas é provavelmente o reconhecimento deste fato que nos faz perceber o quão pouco tempo possuímos para realizar, aproveitar e amar.

A epifania vem. Mais cedo ou mais tarde.
E feliz daquele que compreende no espírito, que atenta para o que é eterno, que ajunta onde não há traça e ferrugem, que exerce o amar sem parcialidade ideológica e que aproveita a breve estadia em invólucro de pele para ser importante, de alguma forma, à outros tantos.

Quanto mais cedo perceber a efemeridade das coisas, mais tenho tempo de evitar a super valorização do que não presta. É por isso que se diz ao que descobre que maus são os dias, que não ande como néscio, mas como sábio, afim de desprender do cabresto o próprio tempo.

Pense nisso!
Eclesiástes encerra o tempo como algo fixo, invariável. Já Efésios nos aconselha a remí-lo (retirá-lo, libertá-lo do cumprimento de sua obrigação). II Timóteo nos adverte a ignorar os paradigmas do tempo e pregar a palavra, longânime e doutrinariamente.

Resumindo: Embora o tempo seja uma unidade inalterável, do ponto de vista de seu trabalho e efeitos, o conselho divino é para não deixarmos que tal argumento nos torne escravos do tempo. Que para cada um de nós, ele seja o que realmente foi criado para ser: uma medida diferenciadora de épocas, estações, dias, horas, mas não o fator determinante para tomada de decisões.

O fato é que nenhuma ação é mais produtiva para gerar a consciência do por vir do que o inerente agir do Espírito Santo no ser de um homem. É Ele (e somente Ele) o persuasor do pecado, da justiça e do juízo. Para nós, que acreditamos que tal consciência é fruto se não do Seu santo agir e de uma renovação de mente, nada é mais prático do que abrir-se física e espiritualmente para que o Senhor de nossos destinos nos convença de que temos uma responsabilidade com nosso tempo.


CONSIDERE:


Sintomas de Escravização do Tempo

- Tomar decisões baseado no tempo que já não possuo. Ex: sou obrigado a trabalhar porque já não sou adolescente.

- Acreditar que trabalhar muito significa poupar tempo. Muito trabalho denota aumento nos prazos de entrega, esgotamento motivacional e pouca velocidade de resultado. Trabalhar muito não quer dizer necessariamente ter um bom aproveitamento de tempo.

- Possuir constante resistência a termos como "mudança, reformulação", considerando que tal idéia parte do pressuposto de reconhecer que algo está muito errado.



Atribuições de Bom Uso do Tempo

- Decidir com base na conscientização de que o tempo não volta atrás e que mais experiência de vida também significa menos tempo de vida.

- Distribuir tarefas com base na organização de importâncias, não nas que proporcionam boa quantidade de resultado produzido. Nem sempre poupa-se tempo no final quando o que é importante é substituído por tarefas mais fáceis e rápidas. Prioridades e urgências demandam tempo hábil associado a horários fixos.

- Compreender que é mais sadio viver com uma cultura de mudanças do que mudar de cultura a cada situação difícil que se passa. Uma vez que qualquer momento é "passível de epifanias", é mais seguro manter um preparo psicológico para quando ela chegar. Dessa forma é possível antecipar-se a algumas mudanças e não ser empurrado por elas. 




Um comentário:

  1. “Há muitas emoções humanas que ainda não compreendo totalmente;
    Raiva, ódio, vingança, mas não tenho dificuldades para entender o desejo de ser amando ou a necessidade da amizade, essas são coisas que eu entendo.
    Ser humano, não é apenas uma questão de nascer de carne e osso, pelo contrário é uma forma de pensar, agir e sentir. Então tenho esperança de um dia encontrar a minha humanidade.
    Até então eu continuar a aprender, mudar, crescer e tentar me tornar mais do que sou.”

    Adorei a proposta do seu blog, certamente voltarei mais vezes, ou melhor já estou seguindo.

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