quarta-feira, 29 de junho de 2011

Manter Viva a Esperança



É sempre bom nos lembrarmos de como as coisas aconteceram, para mantermos viva a esperança pela qual fomos chamados!

                                                                                                       ***

Todos os dias os sacerdotes se apresentavam e ofereciam os mesmos sacrifícios pelos pecados.

Os pecados subiam a Deus como um constante memorial negativo e os sacrifícios como uma espécie de retratação pelos erros.

Infelizmente nenhum desses sacrifícios tirava, efetivamente, o PODER do pecado. Apenas justificava a tentativa de amenizar os erros cometidos.

A verdade é que Deus nunca engoliu essa idéia de oferta e sacrifícios pelo pecado. Nunca houve prazer no Eterno em receber tais oblações. Tudo sempre foi circunstancial, para amenizar a situação caótica da desobediência.

Por isso, quando Jesus veio ao mundo testificou dizendo que nenhum sacrifício na época da lei agradou a Deus, mas para o Filho, o Pai preparou um corpo, para que Este fosse a Palavra encarnada, andando e tocando nas pessoas, tornando-se também um sacerdote que ofereceria sacrifício perfeito pela expiação do pecado.

Deus não sacrificou seu Filho, da mesma forma que não permitiu que Abraão sacrificasse o seu. Ele deu um corpo à Ele, para que dessa forma Jesus se tornasse um sacerdote e escolhesse se entregar. A sua vida ninguém tira, Ele a entrega.

Aqui estou – diz Ele – para fazer a Sua vontade. O livro testifica de mim.

O perfeito sacrifício!
Anulou-se tudo o que foi feito antes Dele. O segundo substitui o primeiro, e se torna perfeito para o Pai, de uma vez por todas!

Ele agora se encontra assentado ao lado do seu Pai, esperando seus inimigos serem colocados debaixo dos Seus pés.

Não somente isso. Esse sacrifício aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados, de uma forma que ninguém poderia ser aperfeiçoado por humildade, obras ou posicionamentos.

Porque a perfeição nada mais é do que a recolocação daquilo que havia sido criado em seu devido lugar. Por causa de Cristo, o homem é recolocado em Deus.

Agora o Espírito Santo testifica a cada um de nós, que as leis que antes habitavam dentro da arca e eram escritas em pedra passam a morar em nossos corações e circunscritas em nossas mentes.

E dos pecados já não há mais lembrança, citação, circunstância ou escrito de dívida perante o Altíssimo!

Mas se nós continuarmos a pecar deliberadamente depois de conhecer a Verdade, haverá em nós a terrível sensação do juízo que se aproxima e do fogo que consumirá os inimigos de Deus. Mas nunca mais poderá ser oferecido ou feito nada para amenizar pecados. Nunca mais! O problema do pecado foi encerrado na cruz.

Se pecarmos, temos um Advogado. Nada de prometer mudar, tentar consertar com ativismo ou auto-punição. Basta falar com Ele. Mas lembre-se que o Caminho é aberto, mas não irrelevante. Há mais punição para os que morrerem no pecado após Seu sacrifício do que para os que pereceram em seus pecados na época da lei.

Por isso, lembremo-nos dos primeiros dias de convertidos, dos dias de ouro onde a pulsão por Deus era tão forte que nada mais importava.

Foram dias onde suportamos tanta coisa...

Cada um de nós, dentro de nossas realidades, suportou tantas coisas... Perseguições, piadas, abandonos, invejosos, brutalidades. Alguns aceitaram até mesmo o confisco dos próprios bens, sabendo que possuíam bens superiores e permanentes.

Dias maus, vencidos pela perseverança.

Não abra mão da confiança que você tem; ela será ricamente recompensada!

Persevere, porque nessa vida o que vale é fazer a vontade de Deus. E depois de tê-la feito, você alcançará o que Ele prometeu: a vida eterna!

Pois em breve, muito em breve, Aquele que há de vir virá, sem demora.

Quanto a nós, que somos chamados de Seus justos (devidamente justificados em Cristo), é-nos imputado o viver pela fé, acreditando em Sua existência e benevolência em nos presentear por buscá-lo.

Retroceder é o primeiro sintoma de uma destruição que não tardará, mas crer conserva a alma.

***

Essa é a história do amor de Deus encarnado, destruindo de uma vez por todas o muro que separava Pai e filhos, trazendo a esperança de um reencontro eterno, entre Criador e criatura, onde o veremos como Ele é e seremos semelhantes a Ele.

Maranata!

Baseado em Hebreus 10

F. Sales

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Sabedoria é Justificada pelas Obras - Jesus Cristo



Madre Tereza de Calcutá.
Uma das mulheres mais sábias da história.

Nunca conseguiu acabar com o problema da fome mundial, porque seu inimigo nunca foi a miséria. Seu inimigo era a indiferença.

Embora tenha colocado comida sobre incontáveis mesas, nutrido famílias a beira da desnutrição e repartido o que quase não se existia com mais cinco ou seis, estava longe de ser “pão” a principal doação dela.

Olhando bem, ela nunca deu pão aos pobres. Deu alento. Em não poucas situações a comida era insuficiente ao grupo reunido, mas ali cada um aprendia a repartir, solidarizando-se com a dor do próximo e a satisfazer a necessidade momentânea de alimento com a alegria de ver bem quem estava ao lado.

Tornou-se uma das poucas coisas que fazem dos homens seres eternos nesta vida: um símbolo. Exemplo a ser seguido.

Não é interessante que a sabedoria seja justificada pelas obras? O tempo todo a gente pressupõe que sábio é aquele que carrega nos lábios a frase feita, bem feita ou de efeito.

Mas se por um lado a sabedoria é justificada pelas obras, por outro, não se pode afirmar que a falta de obras acarrete em falta de sabedoria necessariamente, porque existem muitas obras que denotam total falta de sabedoria, servindo apenas de muleta para mentes mumificadas pela religião. 

Quem se apega ao que faz para provar que possui entendimento acaba caindo numa daquelas rodinhas onde os hamsters são colocados. Ainda que haja uma sensação de caminhada, não sai do lugar.

Feliz é o que faz por saber que é o certo a se fazer. Este é bem aventurado, porque seus atos falarão mais do que suas palavras, possivelmente por outras gerações.


F. Sales
10/06/11