segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Dilema das Decisões - Parte 2



























Via de regra, eu reafirmo que ninguém é louco de dizer que decisões não são importantes.

Ano passado assisti uma palestra aonde a seguinte pergunta foi feita:

Por que você acha que as decisões que você não tomou tornariam sua vida melhor do que ela é com as decisões que você tomou?

Na prática é mais ou menos assim: Você casou-se. Em seguida recebeu uma excelente proposta de trabalho no exterior, que não incluía sua nova família. Você disse não à proposta. No primeiro desentendimento conjugal após essa decisão você passa a acreditar que toda sua vida está fadada ao fracasso e que seria muito mais feliz se tivesse aproveitado a oportunidade profissional. Por que? E se no exterior você se tornasse usuário de droga, ou pegasse doenças venéreas; se fosse atropelado, ficasse paralítico ou perdesse a memória...

As decisões que você não tomou não invalidariam as mazelas da vida.

E existe um grande equívoco com a interpretação dos resultados. Um resultado errado deveria ser apenas um alerta de que existe outro caminho a ser traçado, e não promover uma chacina intelectual nos princípios que organizam as tomadas de decisões.

O cérebro utiliza princípios organizadores para definir qualquer atitude ou reação a respeito de determinado assunto. Tais princípios não desaparecem, mas podem ser substituídos. Por exemplo: pessoas não tomam leite enquanto comem manga no período da noite porque acreditam que faz mal. Elas foram ensinadas assim. Até o dia em que são questionadas a respeito do assunto e descobrem que não é bem assim. Então aquele princípio organizador é substituído por outro, robusto e embasado.

Pois bem, quando eu digo, insistentemente, que essa mesma pessoa passa mal do estomago porque sempre decidi errado, eu não estou chamando-a de ignorante, estou atacando diretamente a base de suas tomadas de decisões sobre o assunto.

A conseqüência disso não é outra se não o déficit da habilidade de decidir. O ato decisório passa a ser encarado como algo tenso e incômodo e por vezes evitado.

A redução de sua habilidade e vontade de decidir encaixa-se submissamente nas atividades decisórias de terceiros, que passam a decidir no seu lugar. É o que eu entendo por Dependência Decisória.

Perceba que, ter pessoas que facilitem suas tomadas de decisões é diferente de ser tomado por decisões alheias.

Na boa, decida decidir. Se errar, será de consciência e alma tranqüilas, porque errou tentando acertar. Além do mais, você nunca vai saber qual é o real sentido das pessoas falarem tanto que seu problema são as decisões que você toma. Ainda acredito que algumas realmente querem ajudar, mas temo que no âmbito religioso a coisa desande...

Assunto pra mais de metro e pra outro momento também.

Boa semana a todos.


F. Sales

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3 comentários:

  1. Oi querido obrigado por fazer parte do meu blog. Vim conhecer o seu e adorei as postagens que li. Sobre o dilema das decisões é realmente assim. Eu já havia recebido convites de morar em outro Estado no Brasil e acabei não topando, me arrependi de não ter ido. Depois de um tempo recebemos convite pra morarmos fora do Brasil e dessa vez, baseada na recusa passada, resolvi aceitar. Novamente me arrependi. Sempre achamos que nossa decisão foi a errada. Não tem jeito. Sobre o analfabetismo funcional, parabéns pela postagem, eu tirei 98 na redeção do IFRR que tratou desse assunto e fiquei em segundo lugar na classificação para o curso superior de Ed. Física. Realmente, o mundo está cheio de analfabetos funcionais, sabem ler mas não interpretam, sequer entendem o que leram. Parabéns pelo blog, já sigo. Bj

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  2. Não há como prever com exatidão as consequências das nossas decisões. Há situações, em que temos plena convicção de que a decisão é a mais acertada, mas nada acontece como o esperado. Em outros casos, nem esperavámos algo de mais relevante e somos agraciados com uma grata surpresa.

    Difícil jogar com o futuro. Difícil tomar decisões. E algumas são extremamente impactantes em nossas vidas. Como tomar uma boa decisão?

    Acho que as melhores decisões não se fundam nos impulsos e incertezas, elas decorrem da sobriedade em analisar prós e contras. Uma decisão nunca deve ser definitiva. Se a coisa não saiu como o esperado, sempre é possível tomar novas decisões.

    Um abraço

    Bruno Borges Borges
    brunoborgesborges.blogspot.com

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  3. parabéns pelo seu Blog . obrigado por visitar-me no Blog. Deus te abençõe muitíssimo. gostei muito da qualidade das suas postagens tem que conduzir nossos leitores a refletir sobre os problemas e dificuldade que enfrentamos durante nossa caminhada nesta terra e nós que temos o Espírito Santo que nos orienta como temos que agir durante os momentos de indecisões. pastorgeremiassantos.blogspot.com

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