quarta-feira, 18 de maio de 2011

Segunda, Terceira e Quarta Chance...

“As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;”
Hebreus 11:35


Segunda chance.

Que sensação de paz ao saber que será possível refazer alguma coisa antes mal feita. Reconstruir relacionamentos, revitalizar sonhos, passar Vodol em antigas certezas e pavimentá-las novamente sobre as incertas estradas da vida.

Fico imaginando uma mulher que ouve os rangidos da porta ou a voz de alguém que há muito não estava mais neste mundo, no melhor estilo “Deve ser o seu anjo”, de Atos 12:15., e se depara com um ente querido.


O susto, o pânico, as lágrimas e o abraço.
Só quem já perdeu alguém sabe o que significaria uma segunda oportunidade de reencontro. Para ela uma festa precisava ser feita, mas para alguns dos que acabaram de chegar do seol, aceitar aquele livramento era demais.

Não há detalhes, apenas se diz que as mulheres receberam os seus mortos.

Não tenho noção do que seja isso. Não nesse nível. Mas sei daquilo que já vivi e posso dizer que quem experimenta algo de natureza espiritual não se conforma mais com o natural. Quem prova do sabor da graça, do pão da vida, da água que sacia a sede da alma e do enchimento do espírito pelo Espírito, constata efêmeras todas as outras coisas no grau de satisfação.

Pode andar moribundo, experimentando cheiros e sabores, mas sempre saberá em sua alma que não é aquilo que precisa, procura, deseja...  

Quem experimenta algo de cunho celeste percebe-se eterno, mero estrangeiro na terra dos viventes. Esforça-se para buscar as coisas do alto mesmo sabendo que duas leis operam dentro de seu ser.

Quanto ao “ex-morto”, não sabemos bem se voltar ao seu antigo corpo foi para ele foi uma segunda chance. Tornou-se inaceitável a vivência a não ser por meio de torturas e humilhações, para que sua ressurreição fosse... melhor.

Os heróis da fé de Hebreus abriram mão de tudo por uma boa ressurreição. Imagina então este homem que provou dela e se viu obrigado a voltar.

Talvez seja um pouco dessa sensação que Deus queira nos fazer sentir quando nos proporciona uma experiência com Ele. Passo a passo, dia após dia e de glória em glória, até que um dia estejamos com Ele, vendo-o como Ele é e tornando-nos semelhantes a Ele.

Até lá, valho-me de uma segunda, terceira ou quantas chances Ele me der de ser perdoado e de me aproximar do Eterno.


F. Sales


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Um comentário:

  1. Muito bom seu blog ja estou seguindo. abraços
    http://blogandodemadrugada.blogspot.com/

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